No dia 30 de janeiro, amanhã (sábado) todo o mundo comemora - e mais do que isso, reflete, respeita e agradece - a cultura de paz e a não-violência. É isso aí! O penúltimo dia do mês é considerado o Dia Mundial da Não-Violência e Cultura de Paz.
De modo geral, atualmente vivemos dias difíceis, por conta da pandemia e todas as dificuldades que ela trouxe, especificamente no âmbito social. Devido às medidas restritivas, as pessoas devem ficar mais afastadas, o que dificulta a comunhão, a união e o carinho; todavia, nada pode impedir a paz!
Em meio a tempos tão atípicos, muitas pessoas demonstraram solidariedade, generosidade e empatia, o que nos dá a esperança de estarmos caminhando - como mundo, no geral - a dias melhores, sem violência!
De fato, o mundo já enfrentou diversas catástrofes, crises, guerras e outras situações ruins, em que a violência reinou. Entretanto, sairemos dessa, em questão, ainda mais unidos (mesmo que agora, afastados).
Confira o nosso conteúdo exclusivo sobre essa data tão importante!
Curiosidades Curiosas para os Curiosos de Plantão
Ao mencionarmos o dia mundial da não-violência e cultura de paz, é impossível não trazer à memória alguns personagens da história que fizeram toda a diferença!
Mesmo vivendo em contextos diferentes e pertencendo a culturas distintas, essas pessoas foram símbolo de luta, igualdade, resistência e é claro: muita paz.
A essas pessoas corajosas e destemidas, sensíveis e infinitamente humanas, todos direcionam um “muito obrigado!”.
Dessa forma, separamos algumas informações sobre cada um deles, que foram muito além de suas obrigações: foram verdadeiros mensageiros da paz!
Mensageiros da Paz
Contextos conturbados, mas corações tranquilos e dispostos a ajudar. Essa é a realidade de tantas pessoas que fizeram a diferença no decorrer da história.
Sem dúvidas, esses são os verdadeiros heróis da sociedade, que mesmo em meio a tantas dificuldades, não desistiram!
Os mensageiros que escolhemos são apenas alguns representantes de tantos que merecem a nossa admiração!
Mahatma Gandhi (1869 - 1948)
“Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”
Gandhi é um dos nomes mais conhecidos em todo o mundo, tendo em vista as reflexões fortes que ele fazia, visando um mundo melhor.
O líder - pacifista - indiano lutou a favor da independência da Índia, em tempos tão controversos em sua cultura.
Mahatma realizou um projeto da não-violência, ficando conhecido por conta disso (o chamado Satyagraha).
Indicado 5 vezes ao prêmio Nobel e lembrado por todas as culturas e raças, Gandhi é um exemplo de resistência e paz, sem limites. No entanto, o líder foi assassinado por um nacionalista hindu, terminando a sua jornada em 1948.
Eleanor Roosevelt (1884-1962)
“No entanto, estes são o mundo do indivíduo; a vizinhança em que ele vive; a escola ou universidade que ele frequenta; a fábrica, quinta ou escritório em que ele trabalha. Tais são os lugares onde cada homem, mulher e criança procura igualdade de justiça, igualdade de oportunidade, igualdade de dignidade sem discriminação.
[...]A menos que esses direitos tenham significado aí, eles terão pouco significado em qualquer outro lugar. Sem a ação organizada do cidadão para defender esses direitos perto de casa, nós procuraremos em vão pelo progresso no mundo maior.”
Eleanor foi a primeira-dama dos Estados Unidos durante 12 anos, sendo reconhecida pelo seu trabalho em prol dos direitos humanos e a sua determinação pela mudança, a transformação para um mundo de paz e a favor da não-violência.
Roosevelt lutou especificamente pelos direitos das mulheres trabalhadoras, as quais viviam em condições precárias.
Ademais, a primeira-dama afirmava que a diferença deveria começar desde os pequenos âmbitos, para que a transformação realmente acontecesse.
Durante os anos 40, Eleanor participou da organização da ONU, onde fez parte da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Nelson Mandela (1918 - 2013)
“Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.”
Mandela foi um líder político da África do Sul, tendo se destacado pelo seu discurso igualitário e sua luta contra o regime separatista de segregação racial no Sul da África, o chamado “apartheid”.
Nelson passou boa parte da sua vida em cativeiro, especificamente 27 anos, por conta da resistência política que ele assumia, destemidamente.
Em 1993 - após a sua libertação - o líder recebeu o prêmio Nobel da Paz, sendo considerado um dos homens mais corajosos do mundo todo. Um ano depois, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Malala Yousafzai (1997-)
“Quando o mundo inteiro está em silêncio, até mesmo uma só voz se torna poderosa.”
Malala é uma garota paquistanesa, ativista a favor da educação e dos direitos das mulheres.
A corajosa Malala inspirou o mundo todo ao ser baleada - na cabeça - em 2012, vítima de um ataque durante o regime Talibã. Ela lutava - e continua lutando - pelo direito da alfabetização das meninas, que não possuíam acesso às escolas.
Entretanto, mesmo após o ataque, a ativista continuou lutando e afirmou que não seria silenciada pelo regime, o que a tornou uma das heroínas mais jovens dos direitos humanos.
Malala ganhou o Prêmio Nobel em 2014 com apenas 17 anos, sendo a pessoa mais jovem a conquistar essa homenagem.
Luz, Câmera, Ação!
Chegou o momento da nossa recomendação cinematográfica!
Como estamos falando dos mensageiros da paz, gostaríamos que você conhecesse um pouco mais sobre eles; especificamente: sobre um deles.
Assim, nossa sugestão é uma biografia adaptada para o cinema, de um dos heróis da liberdade e defensores da cultura de paz, guerreiro contra o racismo e resistente à segregação racial.
Assista a:
Mandela: Longo Caminho para a Liberdade (2013)
Em suma, o filme dirigido por Justin Chadwick e protagonizado por Idris Elba conta a história de Mandela, todo o seu percurso como líder resistente contra a segregação, bem como os seus 27 anos na prisão.
A obra mostra a realidade que era o apartheid, bem como se comportavam as pessoas em situações de tamanha rigidez e desigualdade.
Nelson, no entanto, sempre se mostrou empático e corajoso, disposto a conquistar aquilo que acreditava.
Inclusive, o longa mostra desde a sua infância - em uma aldeia rural - até as eleições de 94.
Faça Você Mesmo!
Para finalizar, devemos ressaltar que a mudança pode partir de você! Como a própria Eleanor mencionou, a transformação e a luta constante pelos direitos humanos e pela cultura de paz deve iniciar em cada casa, nas vizinhanças, em pequenos lugares.
Faça a diferença neste fim de semana!
Que tal contar a alguém a história de um dos mensageiros de paz, assistir ao filme do Mandela ou ler um bom livro, como o da Malala?
Sendo assim, comece pelas pequenas atitudes: ir contra o preconceito e o bullying é um grande passo, que todos deveriam dar! Assim, a não-violência e a cultura de paz se estabelecerão cada vez mais.
Afinal,
Se Gandhi estivesse aqui, ele diria que…
“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.”