Já faz algum tempo que caiu por terra a ideia de que ter sucesso profissional depende apenas de escolher a profissão do momento. No entanto, certas opções — e as especializações em Engenharia certamente se enquadram nelas — atravessam épocas e seguem na preferência dos estudantes de graduação ou pós.
Será que existem motivos concretos paratal? Ou a profissão que hoje promete bons salários, oportunidades profissionaise realização pode se saturar pelo excesso de formados, o que baixaproporcionalmente a oferta de vagas?
Neste post vamos oferecer um panorama completo sobre as especializações nessa área e suas relações com o mercado de trabalho, passando pelas habilidades exigidas e o perfil do profissional para essas vagas.
Se você tem buscado mais informações sobreo ofício do engenheiro e esbarra em dúvidas sobre o futuro dessa profissão,este texto é para você.
Leia até o fim e conheça o universo detrabalho do engenheiro, assim como o quanto as diferentes especializações emEngenharia podem diversificar esse universo.
1. O mercado de trabalho para engenheiros
A área da Engenharia se reciclacontinuamente, pois o seu desenvolvimento é muito dependente dos rumostecnológicos que um país assume. Assim, há cerca de 15 anos, certas áreas hojedisponíveis para engenheiros — como a do Petróleo e Meio Ambiente, apenas para ficar nas mais comuns— seriam impensáveis.
Então, se é correto falar de saturação demercado para engenheiros quando pensamos na Engenharia Elétrica, Mecânica eCivil, sempre há novas especializaçõessurgindo. E a boa notícia é que a maior parte dessas novidades veio paraficar.
Isso explica, portanto, os números otimistas registrados em 2018, depois deum ano de 2017 decepcionante. As engenharias mais tradicionais são muitoligadas a investimentos públicos na indústria e comércio, já que é por meiodesses investimentos que a infraestrutura cresce e, com ela, a contratação denovos engenheiros.
Além disso, novas tecnologias facilitam otrabalho do engenheiro e diminuem custos, o que estimula a sua contratação. É ocaso da impressora 3D e das automações resultantes do que se convencionouchamar de Indústria 4.0.
A Indústria 4.0
Por esse termo, entende-se o uso de sistemas ciber-físicos e da troca dedados por meio de softwares que comandam a produção em indústrias. Elaressignifica o trabalho do engenheiro, que passa a precisar dominar os sistemasde informação, além dos conceitos físicos e técnicos já conhecidos da profissão.
A Engenharia de Controle e Automação,dentre outras áreas, ganha destaque no mercado por causa dessa diferença.Trata-se de uma inovação sem precedentes, a ponto de ser conhecida também comoa Quarta Revolução Industrial.
Em termos tecnológicos, a autogerência dasindústrias é possível por meio de três tecnologias muito representativas domomento que vivemos no fim da segunda década do século 21: a Internet das Coisas, o Machine Learning e acomputação em nuvem.
A facilidade da máquina de aprender pormeio dos algoritmos aliada à conectividade do maquinário à internet, além daenorme quantidade de dados salvos em nuvem, possibilitam a existência daschamadas "fábricas inteligentes".
2. O perfil profissional do engenheiro
Em meio a tantas mudanças e ao surgimentode tecnologias sólidas como essas, é interessante nos perguntarmos se o perfildo profissional de Engenharia permanece o mesmo.
O mercado de trabalho atual, face àsmudanças da Indústria 4.0, demanda cursos flexibilizados, cuja carga horária contemple a solução de projetos tanto quanto oarcabouço teórico de cálculo e outras disciplinas do ensino tradicional daEngenharia.
É discutido em diversas áreas profissionaiscomo a economia de empregos tende a ser substituída, em médio prazo, pela economiade projetos. Isso afeta uma parcela significativa dos novos engenheiros, quesempre prezou pela estabilidade de um emprego fixo em detrimento de maioresganhos em projetos esporádicos.
No que diz respeito às habilidades e traçosde personalidade, deve seguir sendo desejável que esse profissional tenhasólida formação técnica. No entanto, ele deve se tornar hábil também norelacionamento interpessoal.
Em boa parte das vezes, ele desempenha umpapel de liderança e interpretação de dados na indústria 4.0 e isso não podeser ignorado na sua formação.
2.1 A importância da formação adequada
Então, o curso de Engenharia, seja elepertencente às áreas mais tradicionais ou às novas tendências de mercado, deveser mais flexível e heterogêneo nasua grade curricular.
Embora as mudanças no mercado e natecnologia exijam conhecimentos mais gerais, elas não ignoram a formaçãotécnica do engenheiro. O resultado é que, para se estabelecer no mercado, oprofissional tem muito mais a aprender, o que reforça a importância de se fazer uma pós-graduação.
Opções para isso não faltam, principalmente nas melhores instituições de ensino. Você pode começar sua formação ainda enquanto cursa a universidade. Por essa época, é possível aos engenheiros civis realizarem um MBA em gestão e obras, por exemplo.
E se o tempo anda curto para tantos estudos, vale a pena realizar uma pesquisa em busca da melhor pós-graduação EAD. A modalidade de Educação a Distância atingiu um patamar de excelência muito semelhante ao dos cursos presenciais.
3. Os tipos de especialização em Engenharia
Se você está se perguntando quais são asnovas áreas da profissão a que nos referimos no tópico anterior, saiba que elasinúmeras.
O grande desafio é saber distinguir entreaquelas profissões transitórias quepreenchem lacunas no mercado de trabalho e as práticas profissionais que vieram para ficar, como efeito imediatode mudanças mais estruturais.
Abaixo, fizemos uma lista desses cargos queconsideramos mais perenes. Também explicamos quais são suas atribuições, comindicações para cursos específicos que podem ser do seu interesse, caso optepor seguir nessa área.
Nos casos em que essas informações estãodisponíveis, falamos também das médias salariais. Tenha em mente, no entanto,que esses valores não são exatos e são apresentados apenas para fins de comparação.
3.1 Engenharia Ambiental
A sustentabilidade tornou-se tema dedebates acalorados, e a relevância desse tópico atingiu as atividadesextrativas em todas os níveis que se possa imaginar. Hoje, qualquer intervençãohumana na natureza deve levar em conta o manejo de recursos hídricos, impactodas construções no ecossistema local e descarte sustentável do lixo industrial.
Como é o graduado em Engenharia Ambiental o responsável pelos laudos que atestam a segurança dessas intervenções, podemos dizer que não devem faltar empregos nessa área ao longo das próximas décadas.
Além disso, há vagas para esse profissionalnos setores públicos e privados. Sua atuação o liga a questões vitais para aqualidade de vida presente e futura nas cidades: saneamento, escoamento de lixoindustrial, urbanização de áreas verdes e maneiras alternativas de cultivo dosolo que não gerem impacto sobre ecossistemas caros à sobrevivência do planeta.
Ele participa ativamente na elaboração doSGA (Sistema de Gestão Ambiental) das empresas. Esse documento é obrigatório, efoi normatizado pela ISO 14001, da Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT). Ou seja, praticamente todo negócio que intervém nas áreasverdes ao seu redor vai precisar pelo menos uma vez do engenheiro ambiental.
3.2 Engenharia de Controle e Automação
No contexto da Indústria 4.0, pode-se dizer que a Engenharia de Controle e Automação é a grande promessa para o campo das Ciências Exatas. No entanto, há algumas ressalvas que devemos fazer com relação à escolha dessa profissão.
No contexto do surgimento de fábricas automatizadas movidas por softwarescujoalgoritmo é capaz de aprender a desempenhar tarefas antes realizadas por sereshumanos, o papel desse tipo de engenheiro assume novos contornos.
Antes de mais nada, são valorizados, aolongo do curso, atributos tipicamente humanos inerentes à sua atuação. Essesatributos coincidem com as chamadas softskills, habilidades menos técnicas e mais gerenciais (nosentido dos Recursos Humanos do termo): proatividade, criatividade, trabalho emequipe, liderança, comunicação e gerência do próprio tempo.
Tradicionalmente, é o engenheiro deautomação quem atua na criação eexecução de instalações e sistemas de controle maquinofaturados. Eleplaneja e coordena equipes para manter funcionando a automação utilizada nosmais diversos processos industriais, e faz isso por meio de medições, testes emanutenções nos equipamentos. Para tal, ele deve obedecer a leis e normastécnicas de segurança.
Em outras palavras, com a evolução eindependência tecnológica do maquinário fabril, a Engenharia de Controle eAutomação adquire novo significado. Pela forma como o mercado se modifica, é dese supor que o profissional passe a ser mais útil na adequação de estruturas àsdiferentes necessidades das empresas, tornando-se, portanto, menos operacionale mais estratégico.
Como a Revolução 4.0 se baseia na Internetdas Coisas, no aprendizado da máquina e utiliza servidores remotos para trocardados, seria uma ótima aposta se você incluísse, na sua formação, disciplinasda área de Tecnologia da Informação.
3.3 Engenharia de software
Empresas de todos os portes se movimentamem torno de novas ideias de mercado: transformar produtos caros em serviços comtaxas mensais muito mais acessíveis, customizar seus produtos e oferecerexperiências melhores na entrega e atendimento ao consumidor.
Isso leva à necessidade de agilizarprocessos, ganhando tempo para ser utilizado na concepção de soluçõescriativas, enquanto os algoritmos facilitam o trabalho repetitivo. É tambémessa relação que apresenta aos engenheiros de todas as áreas demandas por projetos, em vez dos tradicionaisempregos de carteira assinada.
Então, apresenta-se a opção de recorrer asoftwares feitos sob medida para os trabalhos dessas empresas. São ferramentasem nuvem de automação de marketing, ERPs (complexos programas que reúnem agerência de todos os recursos e setores da empresa em um mesmo lugar), sistemasde vendas e outros.
Sendo esse o trabalho do engenheiro desoftware, é de se apostar que esse tipo de Engenharia deve se desenvolver muitonos próximos anos. De resto, ela tem sido uma área estável desde que surgiu, eapresentado ótimos salários também.
3.4 Engenharia de Computação
Enquanto o engenheiro de softwaredesenvolve programas e aplicativos e cuida da sua implementação nas empresas, o engenheiro de computação cuida da partefísica dessas máquinas. Trata-se, portanto, de um profissional com perfilbem peculiar no universo da Engenharia.
Sua ocupação se aproxima daquela doengenheiro de controle e automação. De forma geral, é possível dizer que, sevocê pretende se especializar nessa área, tem mais chances de encontrar boasoportunidades de emprego com uma dupla especialização ou, pelo menos, reunindointeligentemente disciplinas dos dois cursos na grade curricular.
A evolução e integração entre os sistemasfísicos e a inteligência dos programas de computador talvez seja uma dasgrandes questões da ciência do nosso tempo. Fazer mais rápido, vender maisbarato e ocupar menos espaço (físico e virtual) são desafios sempreinterrelacionados.
É de se supor que os esforços conjuntospara superar esses gargalos vá empregar muitos engenheiros de computação esoftware nos próximos anos, pagando bonssalários, valorizando seu trabalho e oferecendo estrutura para que elestrabalhem.
3.5 Engenharia de Produção
Já faz alguns anos que aperfeiçoarprocessos virou palavra de ordem em empresas de todos os tamanhos. Antes, essaprática integrava a metodologia de trabalho apenas de enormes fábrica eindústrias, mas a maneira de pensar ágil e inteligente trazida pelas startupslevou essa mentalidade a pequenos negócios buscando crescimento rápido.
O papel do engenheiro de produção é, de certa forma, dialogar com outros engenheiros, otimizando seu trabalho. E, ainda que o campo em que ele vai atuar não esteja conectado a outras engenharias, ainda assim o profissional da Engenharia de Produção vai ser demandado com muito mais frequência nos próximos anos.
Suas atribuições, quando descritas, parecemgenéricas: coordenar processos com foco em resultados mais satisfatórios. Masnão há nada de abstrato no seu trabalho, se o examinarmos de perto eatentamente.
O engenheiro de produção percorre linhas de produção examinandodetalhes da sua rotina. Em busca de maneiras de torná-las mais rápidas ebaratas, ele sugere pequenas alterações, na maior parte das vezes, ou mudançasradicais, em alguns casos.
Também é da preocupação desse profissionala energia que o processo produtivo demanda dos colaboradores. Então, ele seencarrega de criar processos mais fáceis de entender e explicar, e aplicatécnicas que permitem diminuir o desperdício de dinheiro, tempo e energiahumana.
Métodos mundialmente conhecidos como o KanBan e o Poka Yoke (ambos utilizados nas linhas da fabricante japonesa deautomóveis Toyota) foram criados por engenheiros de produção. O Poka Yoke, porsinal, tornou seu criador Shigeo Shingo uma espécie de celebridade corporativaindustrial.
4. Como escolher a especialização em Engenharia?
Tendo a presença da área de tecnologia,assim como sua necessidade, se intensificado na rotina de empresas de todos ostipos e tamanhos, ela acaba funcionando como um termômetro para se escolher umaespecialização em Engenharia.
No entanto, vivemos em um momento em que osrumos que a tecnologia vai tomar são, até certo ponto, imprevisíveis. Pelo fatode vivenciarmos a transformação digitaldas empresas e uma revolução em diversos setores industriais, há inúmeroscaminhos e poucas respostas sobre quais tendências devem se mostrar maisfortes.
No entanto, é possível arriscar algunspalpites com base em casos de empresas e ramos tecnológicos que começam a sesedimentar no mercado. Nesse sentido, a escolha da especialização deve sebasear mais nas habilidades que vão ser requeridas do que propriamente emalgumas profissões isoladamente.
E é bem possível que a própria organizaçãodos conhecimentos em práticas ocupacionais sofra mudanças profundas nospróximos anos, o que reitera a necessidade de diversificar os estudos.
Para que você não fique confuso em meio atantas opções e mudanças, listamos abaixo alguns critérios para escolherespecializações na área das engenharias, traçando uma estratégia profissional.
Considere suas inclinações e aptidões
Sempre vai ser melhor partir do pressupostode que o sucesso em uma área vai depender mais da identificação que você tivercom o trabalho do que da capacidade de essa área absorver profissionais.
Então, o primeiro ponto para escolher umcurso de pós-graduação é um autoexame: quaissão as áreas e assuntos que mais despertam o seu interesse? Que tipo deaptidões práticas você apresenta e a quais disciplinas elas se aplicam melhor?
Muitas vezes, o próprio curso de graduaçãooferece ótimas respostas nesse sentido. Quase sempre mais genérico, ele colocouvocê em contato com diversas áreas da Engenharia, assim como várias disciplinase campos de estudo específicos.
Com qual deles você se envolveu por prazer?Esses estudos costumam ser mais fáceis de assimilar e, se são mais fáceis,levam menos tempo. Apego pela área escolhida e facilidade de compreensão nãodevem ser descartados na hora de uma escolha como essa.
Trace um caminho estratégico
Uma vez que você tenha chegado a umaconclusão a respeito desses tópicos, pode ser que surja uma ideia de qualcaminho seguir. Quando estiver certo sobre essa ideia, transforme-a em algopalpável: trace objetivos de curto, médio e longo prazos para a sua carreira.
Os estudos acadêmicos, se não foremplanejados, podem jogá-lo em uma espiral de interesses díspares, minando seutempo e deixando-o confuso em uma fase da vida em que algumas certezas são maisque necessárias.
Valorize o ensino de qualidade
Busque uma instituição confiável,organizada e cuja proposta pedagógica e didática seja clara paravocê. Além disso, privilegie um corpo docente qualificado e disponível, o quefaz muita diferença no estímulo e motivação que você vai receber ao longo docurso.
Saber se uma pós ou curso MBA são dequalidade antes de se matricular é mais simples do que parece. Você podeconseguir indícios disso conversando com ex-alunos da instituição, pesquisandoopiniões na internet ou examinando criticamente a grade curricular do curso.
Se for observar essas disciplinas, averigue a adequação daquilo que é estudado com a realidade do mercado de trabalho brasileiro e das mudanças tecnológicas que viemos discutindo neste artigo. Para cursos da área de exatas, a atualização dos conhecimentos faz muita diferença.
Considere estudar a distância
Você deve ter notado, por tudo que dissemosaté aqui, que, à medida que as tecnologias vão se desenvolvendo e integrando,também há uma espécie de amálgama entre as diferentes áreas de atuação dosengenheiros.
O resultado disso é que cada profissionalprecisa compreender especificamente a sua área, mas ter também ter ótimas noções do que seus colegas fazem.Ou seja, há uma enorme necessidade de prosseguir nos estudos depois de formado,conectando áreas próximas.
Com tanto conteúdo a aprender e pouco tempo, estudar a distância torna-se uma opção mais cômoda, barata e viável. Evitando perder tempo com deslocamentos, realizando cursos mais curtos, direcionando os estudos e, sobretudo, pagando mais barato pela mesma qualidade de ensino, você se coloca melhor profissionalmente.
No início dos estudos a distância, o preconceito afastava os estudantes dessa modalidade. Contrariando as previsões iniciais, hoje o EAD cresce a cada ano no Brasil, e isso se deve aos resultados obtidos pelos alunos dessa modalidade no mercado de trabalho. Eles também dão feedbacks positivos e expõem a importância do ensino a distância para o aprendizado de novas habilidades e competências.
Priorize as atividades práticas
Cursos de pós-graduação, diferentemente doque acontece durante o primeiro contato dos engenheiros com um curso superior,devem ter orientação prática.
Ao pesquisar a grade curricular daespecialização que pretende fazer, dê especial valor à ênfase em atividades quesimulam ou colocam o aluno em contato com o mercado detrabalho.
Valorize também a equipe envolvida na criação e aplicação das aulas: professores queestão inseridos em atividades profissionais e que dão aulas baseadas nessaexperiência vão saber aconselhar os melhores caminhos a seguir, principalmentese você se encontrar em "encruzilhadas" profissionais.
Escolher uma profissão com boasperspectivas no mercado de trabalho para os próximos anos é muito bom. Porém,mais importante que isso é ter certeza de que você lapidará ao longo do curso,habilidades com as quais se identifica.
Isso o coloca em um caminho curto eprazeroso rumo ao sucesso profissional e à construção de uma carreira,permitindo realização pessoal e profissional com aquilo que você escolheutrabalhar.
Agora que você já se informou sobre a especialização em Engenharia, aproveite para tirar as dúvidas de quem está a caminho de optar por uma pós-graduação lato sensu EAD! Fale conosco!
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