O psicodiagnóstico compreende um conjunto de testes, técnicas e procedimentos que objetivam chegar a uma conclusão em relação ao estado psicológico do paciente. Assim, logo que o paciente inicia terapias psicológicas, o psicodiagnóstico é realizado.
Como o tratamento psicológico é cada vez mais procurado atualmente - em especial a psicologia clínica - esse processo de avaliação é muito comum, e os profissionais utilizam seu conhecimento e uma quantidade de testes, para diagnosticar os pacientes rapidamente, diferentemente de como ocorria nos tempos antigos.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, com base na resolução N° 6, de 29 de maio de 2019, em um psicodiagnóstico deve-se considerar:
“A(o) psicóloga(o) deve: construir argumentos consistentes da observação de fenômenos psicológicos; empregar referenciais teóricos e técnicos pertinentes em uma visão crítica, autônoma e eficiente; atuar de acordo com os princípios fundamentais dos direitos humanos; promover a relação entre ciência, tecnologia e sociedade; garantir atenção à saúde; respeitar o contexto ecológico, a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos e das coletividades, considerando sua diversidade;”
Sendo assim, hoje em dia esse processo é bastante cauteloso e científico, para que os resultados sejam eficazes e de fato promovam melhorias na qualidade da saúde mental do paciente.
Psicodiagnóstico: o que é?
Em síntese, o psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, cujo objetivo é avaliar os sintomas, costumes e comportamento dos pacientes, aprofundar-se neles e estudá-los, a fim de encontrar um possível diagnóstico psicológico.
Para isso, existem diversas técnicas psicológicas que compõem esse processo, e dentro delas, o paciente é submetido a diversos testes.
O psicodiagnóstico serve como uma comprovação e confirmação das hipóteses iniciais do psiquiatra/psicólogo, ou médico especialista. Por isso, é aplicado um conjunto de procedimentos diferenciados, e que variam de pessoa para pessoa.
Dentre alguns desses testes psicológicos, estão os seguintes:
- Observação comportamental;
- Aplicação de questionários focais;
- Entrevistas em profundidade com o paciente e seus familiares;
- Técnicas projetivas;
- Análise de criação artística do paciente;
- Brincadeiras;
- Dinâmicas.
Portanto, o psicodiagnóstico não é o mesmo que a avaliação psicológica, sendo o primeiro uma área segmentada dentro da segunda.
Para entender melhor as diferenças, te explicaremos detalhadamente:
Qual a diferença entre psicodiagnóstico e avaliação psicológica?
Como já explicamos, o psicodiagnóstico é apenas um tipo de avaliação psicológica, que utiliza testes e métodos para aprofundamento e por fim, um diagnóstico e confirmação das hipóteses primordiais do especialista.
De modo geral, a avaliação psicológica consiste em toda e qualquer forma de processo científico praticado pelo profissional da psicologia.
Com isso, a avaliação psicológica é considerada a área que abrange todas as outras segmentadas, e pode ser aplicada em diversos âmbitos, como: o trabalho, a saúde física, avaliação de potencial, teste vocacional entre outros.
Já o psicodiagnóstico atua em ambiente clínico, especificamente para um diagnóstico e posterior tratamento. É muito mais específico, bem como suas práticas.
Quem pode fazer o psicodiagnóstico?
O psicodiagnóstico é realizado em uma clínica, pelo profissional especializado, ou seja, o psicólogo. O encaminhamento dos testes também se dá por meio das autorizações de outros profissionais da saúde, e de âmbito judicial.
O especialista na área - pós-graduado em Psicodiagnóstico - no entanto, é o profissional mais recomendado para realizar esse processo, já que certamente obterá resultados exatos e muito bem analisados.
Além disso, o plano de avaliação não é individual, e é extremamente importante que os familiares, ou pessoas responsáveis e de confiança, participem do processo. Isso geralmente acontece naturalmente, já que são essas pessoas - próximas do paciente - que percebem alguns sinais do comprometimento da saúde mental, e encaminham ou incentivam o paciente para o tratamento psicológico.
É importante ressaltar que o psicodiagnóstico é de exclusiva aplicação dos psicólogos e em ambiente clínico; por isso, uma pessoa não pode ser diagnosticada de outra forma.
Quais são as etapas do processo?
Agora que você já sabe o que é o psicodiagnóstico, vamos te mostrar quais são as etapas desse processo clínico.
Embora seja flexível e seja modificado dependendo do profissional, há etapas e fatores indispensáveis nesse diagnóstico, como os que listamos abaixo:
Entrevista inicial
Trata-se do primeiro contato com o psicólogo e o paciente, em ambiente como o consultório ou a clínica.
Naquele momento, o psicólogo ouvirá o paciente, e realizará perguntas sobre a sua vida, comportamento, pensamentos e visão do mundo. Além disso, identificará alguns sintomas que o paciente porta.
Levantamento das hipóteses iniciais
Após os primeiros contatos, o especialista observará e identificará algumas possibilidades para o quadro clínico do paciente.
Nesse processo - bastante cauteloso - cabe ao psicólogo associar alguns sintomas às possíveis doenças, transtornos e instabilidades psicológicas.
Essas hipóteses são o ponto de partida do psicodiagnóstico, que usará de diversos testes e técnicas para a confirmação, aprofundamento e descoberta do transtorno.
Contrato de trabalho
O psicodiagnóstico é um processo que se limita em um determinado período de tempo, por isso, o especialista da psicologia prevê o possível diagnóstico e elabora uma série de técnicas, propondo um período para isso acontecer.
Após estabelecer esse tempo, o especialista propõe ao paciente os seus termos, definindo algumas responsabilidades, direitos, deveres, e outros fatores, que devem ser cumpridos por ambas as partes.
Criação do plano de avaliação
Realizado o contrato, o psicólogo passa a desenvolver as atividades, o planejamento das tarefas e o cronograma do acompanhamento.
Essa etapa é realizada de acordo com a disponibilidade do paciente, que após concordar, deve comparecer a todas as reuniões determinadas pelo profissional.
Bateria de testes
A etapa 5 já compreende o psicodiagnóstico em si, em que são aplicados procedimentos com o objetivo de avaliar a condição do paciente, observando seu comportamento, sintomas mais exacerbados e outras características que podem significar determinado diagnóstico.
Dentre as categorias existentes, existem os testes que utilizam técnicas projetivas, conversas com os membros da família e outros tipos, que já mencionamos no início deste artigo.
Interpretação e análise dos dados
A última etapa compreende o trabalho posterior à bateria de testes, que deve ser realizado pelo psicólogo.
Aqui, ele irá levantar todas as informações observadas, analisá-las criteriosamente e por fim, interpretar todas elas e chegar a uma conclusão, um diagnóstico.
O psicodiagnóstico é extremamente importante e essencial para um possível tratamento. Por isso, é imprescindível que o paciente passe por esse processo, antes de iniciar um acompanhamento focado em melhorias ou começar a usar medicamentos.
Lembre-se: a saúde mental é algo muito sério, e deve ser levado em conta todos os dias, e em todas as áreas da sua vida!
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