Em primeiro lugar, como será o mercado de trabalho no futuro? Sobretudo, como me qualificar para esse cenário incerto? Ao todo, 23% das ocupações do mercado de trabalho devem sofrer alguma modificação até 2027. Esse é um dos dados levantados pela 4° edição do Relatório Futuro do Trabalho, publicado neste ano. A seguir, você vai conferir os principais dados do relatório sobre o futuro do mercado de trabalho.
Tendências para o mercado
A pesquisa
O Relatório Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, consiste numa análise estatística de 45 economias por meio de dados fornecidos pelo LinkedIn — plataforma de mídia social focada em negócios e emprego — e pela empresa de tecnologia educacional Coursera. Assim como reúne pesquisa de opinião realizada com executivos de 803 empresas. Em resumo, essas empresas atuam em 27 setores diferentes e juntas são responsáveis por 11 milhões de postos de trabalho no mundo. No Brasil, esse trabalho teve apoio da Fundação Dom Cabral nas pesquisas de opinião executiva.
Tendências para o mercado
Em primeiro lugar, o levantamento do Fórum Econômico Mundial analisa os próximos 5 anos (2023-2027) do mercado de trabalho. Dessa forma, as macrotendências mais selecionadas pelo executivos entrevistados foram:
- Crescimento da adoção de novas tecnologias de fronteira (86,2%);
- Ampliação do acesso digital (86,10%);
- Aplicação de padrões ESG (80,6%).
Portanto, novas tecnologias, preocupação com práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) seguem no radar do mercado.
Perdas e ganhos
Antes de mais nada, estima-se que, até 2027, sejam criados 69 milhões de empregos, impulsionados pela transição verde e implementação de novas tecnologias. Por outro lado, a previsão é que sejam eliminados 83 milhões de postos de trabalho no mesmo período. Sobretudo por causa da digitalização e automação de processos.
Qual é o futuro do trabalho?
Implantação de novas tecnologias
Como resposta, principalmente, às quais tecnologias seriam introduzidas nas empresas, três ferramentas se mostraram mais populares: big data, computação em nuvem e inteligência artificial (IA). Bem como, segundo a pesquisa, mais de 75% das empresas querem incorporar essas tecnologias nos próximos 5 anos.
Profissões em alta
A área de Big Data é vista, portanto, como provável geradora de empregos no Brasil e no mundo. Por fim, alguns empregos se destacam pelo crescimento, tais como:
- Especialistas em IA (Inteligência Artificial) e aprendizado de máquina;
- Especialistas em sustentabilidade;
- Analistas de inteligência de negócios;
- Especialistas em segurança da informação.
Contudo, o relatório enfatiza que o maior crescimento em números absolutos é esperado nas áreas de educação, agricultura e comércio digital. Em síntese, todos esses segmentos devem estar no radar tanto de quem vai começar uma carreira quanto de quem busca requalificação.
Além disso, o relatório aponta quais são as funções em crescimento com destaque no mercado. Confira:
1. Especialistas em IA e aprendizagem de máquina;
2. Especialista em sustentabilidade;
3. Analista em Inteligência de negócios;
4. Analista de Segurança da Informação;
5. Engenharia de Fintechs;
6. Cientistas e analistas de dados;
7. Engenharia de robótica;
8. Especialista em Big Data;
9. Operadores de equipamentos agrícolas;
10. Especialistas em transformação digital.
Por outro lado, o levantamento também aponta os postos de trabalho que tendem a desaparecer num futuro próximo. Veja a lista:
1. Caixas de banco e funcionários relacionados;
2. Funcionários dos Correios;
3. Caixas e cobradores;
4. Escriturários de entrada de dados;
5. Secretários administrativos e executivos;
6. Assistentes de registro de produtos e estoque;
7. Escriturários de contabilidade;
8. Legisladores e oficiais judiciários;
9. Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros;
10. Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados.
Principais habilidades para o trabalho do futuro
Em primeiro lugar, a pesquisa do Fórum Econômico Mundial identificou quais as principais habilidades exigidas pelos empregadores. Em síntese, quem emprega estima que 44% das habilidades profissionais serão alteradas nos próximos cinco anos.
Desse modo, 60% daqueles que já estão no mercado de trabalho vão demandar treinamento antes de 2027. Por fim, o estudo aponta quatro habilidades prioritárias para requalificação e qualificação. São elas:
- Inteligência artificial e Big Data;
- Pensamento criativo;
- Resiliência, flexibilidade e agilidade;
- Pensamento analítico.
Mercado de trabalho no Brasil
Aliás, outro dado importante do relatório é sobre o desemprego no Brasil. Em conclusão, enquanto o desemprego entre pessoas com educação avançada (superior/técnico) é de 7%, a taxa de desocupação de quem possui apenas a educação básica fica em torno de 11%.
Assim, no país, somente 17% da força de trabalho tem diploma de educação superior ou vocacional. Sendo a taxa de desemprego geral de 10%.
No geral, junto com as outras economias pesquisadas, a nível individual, trabalhadores apenas com educação básica e mulheres têm níveis de emprego mais baixos. Simultaneamente, os salários reais diminuem como resultado da crise contínua do custo de vida.
Perfil do trabalhador
Dentre os principais resultados destacam-se as prioridades dos trabalhadores: flexibilidade no horário e local de trabalho. Todavia, o fator salarial continua sendo preponderante na hora de mudar de emprego.
Em síntese, o aumento do custo de vida e a desaceleração econômica preocupam os trabalhadores. Uma vez que há a preocupação do aumento salarial não ser suficiente para aplacar as pressões inflacionárias.
A pesquisa apontou, enfim, informações relevantes sobre um segmento específico dos trabalhadores: a Geração Z — nascidos no fim da década de 1990 até 2010. Assim, para esse segmento, questões como diversidade e inclusão são fundamentais.
Por isso, o estudo também mostra que, no Brasil, 81% (contra 67% da média global) das organizações participantes da pesquisa têm programas de diversidade e inclusão. Em suma, esses programas priorizam o treinamento de D&I aos seus gerentes.
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